Aves costeiras e marinhas são alvos de pesquisa 5n95k

Os pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e de insituições parceiras querem entender o padrão de ocorrência das espécies de aves costeiras e marinhas no Refúgio de Vida Silvestre (Revis) da Ilha dos Lobos, localizado em Florianópolis, Santa Catarina. Para isso, estão desenvolendo um projeto de pesquisa inédito que envolve o registro fotográfico das espécies que ocorrem na ilha e o anilhamento das aves da região. Até o momento, 24 espécies de aves já foram registradas no Revis da Ilha dos Lobos, incluindo algumas ameaçadas de extinção, como o trinta-réis-real (Thalasseus maximus) e o trinta-réis-de-bando (T. acuflavidus). “O monitoramento das aves anilhadas por meio de fotografias é uma importante ferramenta para entender melhor como os animais utilizam a região”, explica o professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) Paulo Ott. 41g3v

Como parte do projeto de anilhamento das aves, no início de novembro, pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), do ICMBio, coordenaram a primeira expedição na região de Torres, no litoral gaúcho. A expedição também contou com a presença de alunos da UERGS e do bolsista GEF-Mar do Revis Ilha dos Lobos Martin Sucunza Perez. A espécie foco foi o piru-piru (Haematopus palliatus), ave costeira que também utiliza a Ilha dos Lobos. “Conseguimos capturar um indivíduo juvenil e quatro adultos que receberam, além das anilhas metálicas com códigos de letras e números, anilhas plásticas coloridas” relata Martin. “As anilhas com cores distintas permitem reconhecer cada indivíduo mesmo a distância, sem a necessidade de capturá-los a cada momento”, complementa Guilherme Tavares Nunes, do Cemave.

De acordo com a chefe do Revis da Ilha dos Lobos, Aline Kellermann, essas informações sobre o padrão de ocorrência e deslocamentos dos animais serão de fato de grande importância para entender como essas aves utilizam a ilha e também fortalecer o futuro plano de manejo da unidade de conservação. Outro aspecto importante destacado pelos pesquisadores é que com a utilização das anilhas coloridas, todas as pessoas que fotografarem alguma das aves anilhadas poderam contribuir para o projeto enviando suas fotos por e-mail para o ICMBio: [email protected]

O projeto é desenvolvido em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), e o Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (GEMARS), com o apoio do Programa de Bolsa a Iniciação à Pesquisa (PROBIP) da UERGS e do Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF-Mar) do ICMBio.